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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Parasitas e o Homem
Hoje de manhã estava a ver um documentário que achei muito interessante e engraçado. Venho aqui partilhá-lo convosco... Deixem a vossa opinião. Eu fiquei impressionada com alguns factos (ou fatos :-P) ai revelados...
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Alergia ou Intolerância ao Sol (Fotossensibilidade)
A luz solar contém radiação ultravioleta (UV) que é absorvida pela pele produzindo alterações da epiderme e da derme. A queimadura solar e o bronzeado são exemplos do dano causado a curto prazo. A exposição solar cumulativa é responsável pelo envelhecimento da pele e pelo aparecimento de cancro cutâneo. A radiação UV também está presente na luz emitida por algumas fontes luminosas artificiais (solários), produzindo o mesmo tipo de alterações cutâneas.
Os efeitos da luz solar acima descritos acontecem na generalidade dos indivíduos. No entanto, alguns podem ainda desenvolver alergia ao sol, reacções conhecidas como fotodermatoses, de origem diversa: de causa desconhecida ou idiopática (relacionadas com prováveis alterações do sistema de defesa imune), doenças hereditárias (por exemplo acumulação na pele de substâncias “tóxicas” após exposição ao sol como nas profirias), fotossensibilidade a substâncias químicas exógenas aplicadas na pele ou a medicamentos ingeridos. Existem, ainda, doenças cutâneas que agrava com a exposição solar, como o Lúpus Eritematoso.
Entre as fotodermatoses idiopáticas, a mais frequente é a lucite estival benigna, que ocorre principalmente na mulher jovem: ao 2º ou 3ª dia de exposição solar na praia surge, nas zonas habitualmente protegidas do Sol (decote, dorso, coxas…), uma comichão intensa e a pele fica vermelha e com pequenas borbulhas que parecem tornar a pele irregular. A erupção polimorfa à luz é também uma erupção cutânea (pele vermelha com borbulhas) pruriginosa nas zonas expostas ao sol em jovens adultos, que surge recorrentemente na Primavera e melhora ao longo do Verão, desaparecendo quase por completo no Inverno. A dermatite actínica crónica atinge preferencialmente as áreas expostas de homens com mais de 50 anos com actividade ao ar livre. Na urticária solar as lesões cutâneas (“babas” ou “favocas”) são transitórias (duram minutos a horas) mas muito pruriginosas e surgem em minutos após pequena exposição solar o que pode ser altamente limitativa da vida do indivíduo.
As fotodermatoses de etiologia genética são raras, sendo a mais frequente o xeroderma pigmentoso (um caso por milhão de recém-nascidos), em que há um defeito da capacidade de reparação do material genético danificado pelo Sol, pelo que têm uma incidência aumentada de cancros de pele e tem habitualmente uma esperança de vida diminuída. As porfirias são também distúrbios do metabolismo em que há acumulação de substâncias endógenas capazes de desencadear intolerância ao sol.
A fotossensibilidade a substâncias químicas exógenas ocorre no local da pele em que coexiste a substância e há exposição solar. Estas substâncias são produtos de aplicação tópica na pele como perfumes, anti-inflamatórios não esteróides, antimicrobianos, protectores solares, e medicamentos de uso sistémico como anti-inflamatórios não esteróides, antibióticos, ou diuréticos. Algumas plantas possuem psoralenos, substâncias activadas pela energia solar, que se contactam com a pele exposta ao sol ocasionam “queimaduras solares” localizadas: surgem manchas vermelhas até com bolhas de água, muitas vezes desenhando linhas paralelas correspondendo ao contacto com as plantas e quando cicatrizam deixam a pele com “riscos” castanhos durante muito tempo. São as fitofotodermatoses (fotosensibilidade a plantas) causadas pela folha da figueira, pela Ruta ou Ruda e ainda pela casca de citrinos, particularmente da lima.
Certas doenças de pele podem ser agravadas pela exposição ao sol, como a rosácea, o Lúpus eritematoso, a dermatomiosite, o herpes simplex, entre muitos outros.
O diagnóstico das fotodermatoses é feito com base no exame clínico e por vezes recorrendo a meios auxiliares de diagnóstico. O atingimento preferencial das áreas expostas à luz solar como a face, a região do decote, o dorso das mãos e os antebraços apoia o diagnóstico de fotodermatose. É necessário excluir a introdução recente de produtos de administração tópica ou oral (de prescrição médica ou não). A biópsia cutânea e os testes fotoepicutâneos (testes semelhantes aos utilizados no estudo das dermatites de contacto mas em que as substâncias a testar são expostas aos raios UV) estão entre os vários exames auxiliares disponíveis.
A protecção solar é obrigatória e em casos mais graves de intolerância ao sol, pode mesmo ser recomendado o evitamento total da exposição.
A especificidade inerente ao tratamento de cada uma das fotodermatoses descritas implica orientação pelo Dermatologista.
Os efeitos da luz solar acima descritos acontecem na generalidade dos indivíduos. No entanto, alguns podem ainda desenvolver alergia ao sol, reacções conhecidas como fotodermatoses, de origem diversa: de causa desconhecida ou idiopática (relacionadas com prováveis alterações do sistema de defesa imune), doenças hereditárias (por exemplo acumulação na pele de substâncias “tóxicas” após exposição ao sol como nas profirias), fotossensibilidade a substâncias químicas exógenas aplicadas na pele ou a medicamentos ingeridos. Existem, ainda, doenças cutâneas que agrava com a exposição solar, como o Lúpus Eritematoso.
Entre as fotodermatoses idiopáticas, a mais frequente é a lucite estival benigna, que ocorre principalmente na mulher jovem: ao 2º ou 3ª dia de exposição solar na praia surge, nas zonas habitualmente protegidas do Sol (decote, dorso, coxas…), uma comichão intensa e a pele fica vermelha e com pequenas borbulhas que parecem tornar a pele irregular. A erupção polimorfa à luz é também uma erupção cutânea (pele vermelha com borbulhas) pruriginosa nas zonas expostas ao sol em jovens adultos, que surge recorrentemente na Primavera e melhora ao longo do Verão, desaparecendo quase por completo no Inverno. A dermatite actínica crónica atinge preferencialmente as áreas expostas de homens com mais de 50 anos com actividade ao ar livre. Na urticária solar as lesões cutâneas (“babas” ou “favocas”) são transitórias (duram minutos a horas) mas muito pruriginosas e surgem em minutos após pequena exposição solar o que pode ser altamente limitativa da vida do indivíduo.
As fotodermatoses de etiologia genética são raras, sendo a mais frequente o xeroderma pigmentoso (um caso por milhão de recém-nascidos), em que há um defeito da capacidade de reparação do material genético danificado pelo Sol, pelo que têm uma incidência aumentada de cancros de pele e tem habitualmente uma esperança de vida diminuída. As porfirias são também distúrbios do metabolismo em que há acumulação de substâncias endógenas capazes de desencadear intolerância ao sol.
A fotossensibilidade a substâncias químicas exógenas ocorre no local da pele em que coexiste a substância e há exposição solar. Estas substâncias são produtos de aplicação tópica na pele como perfumes, anti-inflamatórios não esteróides, antimicrobianos, protectores solares, e medicamentos de uso sistémico como anti-inflamatórios não esteróides, antibióticos, ou diuréticos. Algumas plantas possuem psoralenos, substâncias activadas pela energia solar, que se contactam com a pele exposta ao sol ocasionam “queimaduras solares” localizadas: surgem manchas vermelhas até com bolhas de água, muitas vezes desenhando linhas paralelas correspondendo ao contacto com as plantas e quando cicatrizam deixam a pele com “riscos” castanhos durante muito tempo. São as fitofotodermatoses (fotosensibilidade a plantas) causadas pela folha da figueira, pela Ruta ou Ruda e ainda pela casca de citrinos, particularmente da lima.
Certas doenças de pele podem ser agravadas pela exposição ao sol, como a rosácea, o Lúpus eritematoso, a dermatomiosite, o herpes simplex, entre muitos outros.
O diagnóstico das fotodermatoses é feito com base no exame clínico e por vezes recorrendo a meios auxiliares de diagnóstico. O atingimento preferencial das áreas expostas à luz solar como a face, a região do decote, o dorso das mãos e os antebraços apoia o diagnóstico de fotodermatose. É necessário excluir a introdução recente de produtos de administração tópica ou oral (de prescrição médica ou não). A biópsia cutânea e os testes fotoepicutâneos (testes semelhantes aos utilizados no estudo das dermatites de contacto mas em que as substâncias a testar são expostas aos raios UV) estão entre os vários exames auxiliares disponíveis.
A protecção solar é obrigatória e em casos mais graves de intolerância ao sol, pode mesmo ser recomendado o evitamento total da exposição.
A especificidade inerente ao tratamento de cada uma das fotodermatoses descritas implica orientação pelo Dermatologista.
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Combater o envelhecimento...
Já é possivel reprogramar células de
idosos para voltarem a ser jovens
idosos para voltarem a ser jovens
Cientistas franceses conseguiram dar novas ordens a células de pessoas mais velhas para que voltassem a ser estaminais, como as células embrionárias, capazes de dar origem a tecidos e órgãos. Este avanço poderá ser crucial para a cura de doenças do envelhecimento.
As células embrionárias conseguem diferenciar-se em qualquer tipo de célula e são de extrema importância na investigação científica porque podem ajudar a regenerar tecidos doentes, e no futuro substituir órgãos ou tratar doenças neurodegenerativas.
Já as células estaminais adultas que se encontram no cordão umbilical, no sangue ou na medula têm uma capacidade mais reduzida de dar origem a outras células porque cada uma delas é programada, tal como num programa de computador, para desempenhar uma determinada tarefa."Esses programas são regulados por genes que estão especializados para determinada função, não permitem que essa célula faça a função da célula ao lado e ainda bem que assim é porque os órgãos e os tecidos estão separados dessa maneira", explica o investigador do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), que também trabalha na área do Envelhecimento.
Já as células estaminais adultas que se encontram no cordão umbilical, no sangue ou na medula têm uma capacidade mais reduzida de dar origem a outras células porque cada uma delas é programada, tal como num programa de computador, para desempenhar uma determinada tarefa."Esses programas são regulados por genes que estão especializados para determinada função, não permitem que essa célula faça a função da célula ao lado e ainda bem que assim é porque os órgãos e os tecidos estão separados dessa maneira", explica o investigador do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), que também trabalha na área do Envelhecimento.
Reprogramação de células
Em 2007 uma equipa de investigadores japoneses conseguiu transformar células adultas em células embrionárias, ao reprogramá-las para voltarem ao estado em que podem dar origem a qualquer tecido. Um avanço para a medicina, já que esta pode ser a ferramenta para testar medicamentos mais personalizados, sem haver nenhum tipo de rejeição ou efeito secundário. Tudo sem se recorrer a embriões humanos, um dos entraves éticos desta área.
Mas agora um grupo de cientistas franceses foi mais longe e reprogramou células de pessoas idosas, uma com mais de cem anos, e reprogramou- as para voltarem a ser jovens: além de se ultrapassar a barreira do envelhecimento celular, esta investigação pode significar o fim das doenças da velhice.
Estas células reprogramadas poderão rejuvenescer as células de doentes idosos e reparar órgãos e tecidos danificados pela idade. Além disso, esta descoberta torna possível pensar na completa cura de doenças associadas ao envelhecimento: uma questão importante que ocupa também investigadores do IGC, em Oeiras. Estes cientistas procuram saber por que razão envelhecemos e o porquê do aparecimento de certas doenças associadas à idade.
Resposta pode estar nos cromossomas
"As pontas dos cromossomas vão-se desgastando a cada divisão, desde que nascemos até que morremos. Quando somos mais velhos, essas pontas são tão curtas que já não permitem que as células se dividam mais vezes", explica Miguel Godinho Ferreira. O cientista acrescenta que "ao não permitirem que as células se dividam mais vezes deixa de ser feita a substituição dos órgãos que começam a entrar em colapso porque não têm células novas para poderem substituir".
É nos telómeros - as pontas dos cromossomas - que poderá estar o relógio que regula a divisão celular e que, consequentemente, provoca o aparecimento de doenças como o cancro, que pode ocorrer noutras fases da vida, mas que se agrava com a idade. Esta investigação pretende perceber o processo de envelhecimento para depois o manipular ao nível celular, e evitar que um organismo adoeça.
Os mais recentes avanços na área do envelhecimento celular poderão fazer com que no futuro possamos manter o vigor e a saúde ao sermos capazes de auto-regenerar o nosso próprio corpo.sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
As metáforas e o nosso cérebro
Sabias que as metáforas provocam regiões sensoriais no nosso cérebro?
As Metáforas e a linguagem figurativa estão profundamente entrelaçadas no tecido da comunicação humana. Mas como é que o nosso cérebro traduz essas metáforas?
Há um longo debate entre os neurocientistas em relação a esta questão. Vamos observar a palavra "podre", que significa literalmente "estragado", mas cujo uso metafórico tem expandido a sua definição para incluir mau ou desagradável. Estamos tão habituados a esses outros usos que podemos até não perceber que eles são metáforas.
Um argumento sustenta que o cérebro naturalmente não entende o significado das metáforas, e é só por meio da experiência que ele absorve que certas palavras têm vários significados que vão além da definição literal. Passamos a compreender que "podre" pode significar algo mau, embora relacionado a coisas, e o nosso cérebro aprende a alternar entre as definições dependendo do contexto.
Uma segunda possibilidade é que, quando o cérebro é apresentado com a palavra "podre" num contexto metafórico, ele usa as suas experiências sensoriais de coisas podres - por exemplo, o cheiro de ovos estragados - e trabalha numa definição figurativa da palavra com base nessas memórias.
A neurologista Krish Sathian, da Emory University, concentrou-se em como o cérebro lida com apenas um tipo específico de sentido relacionado com metáforas.
Esta neurologista e os seus colegas solicitaram que sete estudantes universitários distinguissem entre diferentes texturas enquanto os seus cérebros eram escaneados usando ressonância magnética funcional. Isto permitiu-lhes mapear as regiões cerebrais de cada sujeito quando tomavam conhecimento de cada textura. De seguida, mapearam os cérebros dos estudantes enquanto ouviam uma torrente de metáforas textuais e os seus homólogos literais: "era uma situação cabeluda", por exemplo.
As regiões de tratamento da linguagem do cérebro tornaram-se ativas, independentemente de os voluntários ouvirem as frases literais ou as metáforas. Mas as metáforas textuais também ativaram o opérculo parietal, uma região do cérebro envolvida na sensação de diferentes texturas através do toque. Essa parte do cérebro não se ‘acende’ quando ouve uma frase literal expressar o mesmo significado que a metáfora.
Estes resultados sugerem uma forte ligação entre a nossa compreensão de metáforas e a nossa percepção sensorial, embora mostre que a nossa capacidade de compreender metáforas realmente depende do opérculo parietal. Sathian diz que a sua próxima experiência vai colocar isso mais diretamente para o teste desabilitando temporariamente esta parte do cérebro e, em seguida, um teste para ver quão bem os indivíduos podem, então, compreender essas metáforas.
Nada melhor que sonhar...
A melhor forma de superar um trauma é sonhar
Fase de sono REM retira peso de memórias difíceis
Segundo um estudo realizado na Universidade da Califórnia - Berkeley, nos Estados Unidos, sonhar é uma espécie de terapia nocturna porque acontece durante um estágio do sono conhecida como REM – na qual está desligada a química do cérebro que provoca ansiedade – que nos permite processar emoções, retirando o peso das memórias difíceis.
A investigação, liderada por Matthew Walker, vem explicar porquê que pessoas que sofrem de stresse pós-traumático recuperam facilmente e não costumam ter pesadelos. O sono ajuda-nos a memorizar e a regular o humor. A equipa norte-americana focou a importância da fase REM, na qual as memórias são reactivadas, colocadas em perspectiva e integradas.
A investigação, liderada por Matthew Walker, vem explicar porquê que pessoas que sofrem de stresse pós-traumático recuperam facilmente e não costumam ter pesadelos. O sono ajuda-nos a memorizar e a regular o humor. A equipa norte-americana focou a importância da fase REM, na qual as memórias são reactivadas, colocadas em perspectiva e integradas.
Para o estudo, foram seleccionados 35 adultos, posteriormente divididos em dois grupos. Cada equipa tinha como missão ver 150 imagens de grande carga emocional, duas vezes por dia, durante um intervalo de 12 horas. Enquanto isso, o cérebro dos voluntários era monitorizado por ressonância magnética.
O horário dos grupos variava: uns viam as imagens de manhã e à noite e os outros, de tarde e pela manhã, após uma noite de sono. Os últimos apresentaram uma queda significativa ao nível de reacção emocional, revelando uma diminuição de actividade cerebral, na zona que processa emoções. A actividade cerebral durante o sono foi gravada e revelou a queda de um dos principais químicos associados ao stresse (norepinefrina).
Os resultados, publicados na «Current Biology», indicam que, ao processar emoções sem este químico, acordamos no dia seguinte com a carga emocional aliviada de experiências perturbadoras.
O horário dos grupos variava: uns viam as imagens de manhã e à noite e os outros, de tarde e pela manhã, após uma noite de sono. Os últimos apresentaram uma queda significativa ao nível de reacção emocional, revelando uma diminuição de actividade cerebral, na zona que processa emoções. A actividade cerebral durante o sono foi gravada e revelou a queda de um dos principais químicos associados ao stresse (norepinefrina).
Os resultados, publicados na «Current Biology», indicam que, ao processar emoções sem este químico, acordamos no dia seguinte com a carga emocional aliviada de experiências perturbadoras.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
O que é e o que não é um rosto?
Muitos estudos anteriores mostraram que os neurónios no gyrus fusiforme, localizado na parte inferior do cérebro, reagem preferencialmente às faces. A equipa de cientistas decidiu então investigar como essa região do cérebro decide o que é e não é uma cara, especialmente em casos onde um objeto assemelha-se muito a um rosto.
Neurocientistas explicam como é que o cérebro decide o que é real
Muitas vezes quando olhamos para uma coisa automaticamente dizemos que tem a forma de algo, por exemplo, de certeza que já te aconteçeu olhares para uma nuvem e dizeres que essa nuvem pareçe um pássaro, um cão, ou outra coisa qualquer... Então e quando olhamos para algo e dizemos que se pareçe com uma cara? O que se segue abaixo explica como é que o nosso cerébro decide se o que vemos se pareçe mesmo com uma cara ou não.
Um novo estudo de investigadores do MIT revela a atividade cerebral subjacente à nossa capacidade de fazer essa distinção. No lado esquerdo do cérebro, o fusiforme gyrus (uma área há muito tempo associada ao reconhecimento de faces humanas) cuidadosamente calcula o quanto uma imagem é parecida com uma cara. O fusiforme gyrus direito surge depois para usar essas informações e tomar uma decisão rápida, categórica se o objeto é, na verdade, um rosto.
Esta distribuição do trabalho é um dos primeiros exemplos conhecidos dos lados esquerdo e direito do cérebro a assumirem papéis diferentes em tarefas de processamento visual de alto nível.Muitos estudos anteriores mostraram que os neurónios no gyrus fusiforme, localizado na parte inferior do cérebro, reagem preferencialmente às faces. A equipa de cientistas decidiu então investigar como essa região do cérebro decide o que é e não é uma cara, especialmente em casos onde um objeto assemelha-se muito a um rosto.
Para realizar a investigação, os cientistas criaram um contínuo de imagens que incluíam umas que nada se pareciam com caras e outras que eram verdadeiras faces. Em seguida, a equipa usou ressonância magnética funcional (fMRI) para digitalizar os cérebros dos participantes à medida que categorizavam as imagens. Inesperadamente, os neurocientistas encontraram padrões de actividade diferentes em cada lado do cérebro: do lado direito, os padrões de ativação dentro gyrus fusiforme permaneceram bastante consistentes para todas as imagens do rosto humano verdadeiro, mas mudou drasticamente para todas as imagens que não o eram, independentemente do quanto se assemelhavam a uma cara. Isto sugere que o lado direito do cérebro está envolvido em fazer a declaração categórica se uma imagem é ou não um rosto.
Entretanto, na região análoga do lado esquerdo do cérebro, os padrões de atividade mudaram gradualmente à medida que as imagens se tornavam mais parecidas com caras, e não havia nenhuma divisão clara entre faces verdadeiras e falsas. A partir daí, os investigadores concluíram que o lado esquerdo do cérebro divide as imagens em escalas de quão semelhantes são com rostos, mas sem as atribuir a uma categoria ou outra.
Os cientistas descobriram que o lado esquerdo faz primeiro o seu trabalho e, em seguida, passa informações para o lado direito.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Parkinson
Cientistas corrigem defeito genético
Células da pele de doentes convertidas em neurónios abrem portas a novos tratamentos
Investigadores da Universidade de Buffalo conseguiram converter em neurónios células da pele de um doente com mutações no gene Parkina, causa genética que estará na origem de 10% dos casos da doença que afecta 20 mil portugueses. Nestes neurónios, escrevem na “Nature Communications”, foi possível introduzir um gene normal e reverter o defeito que leva à morte dos neurónios que produzem dopamina, crucial na actividade dos músculos.
Tiago Fleming Outeiro, investigador nesta área a liderar um departamento de doenças neurodegnerativas na Universidade de Gotinga, destaca ao i terem sido usados neurónios derivados de células de doentes. Esta hipótese surgiu em 2007, quando se demonstrou que era possível converter células humanas adultas em células indiferenciadas e obter células diferentes das de origem, como se fossem células embrionárias. Até aqui era impensável estudar ao nível molecular neurónios de um doente vivo. “Apesar de serem casos raros, permitiu perceber que há uma ligação clara entre os níveis de dopamina, o neurotransmissor que falta nos doentes de Parkinson, e a Parkina. E o interessante é que, no laboratório, conseguiram corrigir o problema introduzindo Parkina funcional”, diz Outeiro, que também está a fazer estudos com este tipo de células pluripotentes induzidas. Usando o novo modelo, os cientistas perceberam ainda que as mutações impedem o controlo da produção de uma substância que degrada a dopamina e surge aumentada nos doentes, algo que poderá ser corrigido com novos medicamentos.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
O nosso hálito pode fazer milagres...
Analisador de hálito revela doenças antes que os sintomas apareçam
Exame do hálito:
O futuro do diagnóstico médico pode estar num aparelho analisador do nosso hálito.
Diversas pesquisas têm indicado que o faro dos cães é preciso o suficiente para detectar se uma pessoa está doente ou não. Com base nestas evidências, os cientistas querem agora desenvolver um aparelho multiuso, capaz de fazer diagnósticos reais a partir do hálito.
Alteração no metabolismo:
O desenvolvimento mais recente na área acaba de ser apresentado pela equipa da Dra. Fariba Assadi-Porter, da Universidade Wisconsin-Madison (EUA).
O aparelho, simples, mas muito sensível, é capaz de distinguir entre um estado sadio e uma situação anormal do metabolismo da glicose sem precisar de uma amostra de sangue - apenas analisando o hálito da pessoa.
Muitas doenças, incluindo diabetes, cancro, além das infecções, alteram o metabolismo do corpo de formas muito características. O que as pesquisas mostram é que essas alterações bioquímicas podem ser detectadas pelo hálito muito antes que os sintomas tipicos da doença apareçam.
(Mas como?)
Alguns estudos mostram que o hálito pode indicar alguns estados patológicos apenas algumas horas depois de o quadro se ter instalado, como no caso de algumas infecções.
"Com esta metodologia, nós otimizamos técnicas para rastrear rotas metabólicas que são perturbadas pelas doenças," disse a Dra. Fariba. "Ela é barata, rápida e o mais sensível método de diagnóstico [desenvolvido até agora]."
Avaliação dos tratamentos
O analisador de hálito conseguiu detectar em animais sintomas metabólicos similares aos que ocorrem em mulheres com síndrome do ovário policístico, uma desordem endócrina que causa cistos no ovário levando à infertilidade.
Umas das vantagens dos exames de análise do hálito é que eles avaliam o funcionamento do corpo inteiro com uma única medição. Além de simplificar o diagnóstico, um aparelho assim, quando totalmente desenvolvido, poderá dar um feedback rápido na eficácia dos tratamentos adoptados.
Isótopos de carbono
A tecnologia fundamenta-se no facto de que o corpo, sob diferentes condições, usa diferentes fontes para produzir energia.
"O corpo muda a sua fonte de energia. Quando estamos saudáveis, nós usamos a comida que comemos," explica a Dra. Fariba. "Quando ficamos doentes, o sistema imunológico assume o controlo e começa a separar proteínas para fazer anticorpos, utilizando-as como fonte de energia".
Esta mudança, passando dos açúcares para as proteínas, aciona rotas bioquímicas diferentes, o que resulta em alterações distintas nos isótopos de carbono.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Laser Leap
Boas notícias para quem tem medo de agulhas! Li numa revista do Correio da Manhã um reportagem que falava de uma inovação desenvolvida por investigadores da Universidade de Coimbra (ah pois é! :-P ): Uma seringa a laser (LaserLeap). É uma seringa que permite administração "rápida e eficaz" de fármacos através da pele, e que venceu o Photonics West 2012, um dos maiores encontros internacionais de Fotónica, que decorreu nos Estados Unidos.
Aqui vos deixo um video com uma breve apresentação desta técnica, que certamente será bastante útil e menos dolorosa :)
Aqui vos deixo um video com uma breve apresentação desta técnica, que certamente será bastante útil e menos dolorosa :)
Cancro
Investigadores descobrem como se alimentam as células cancerígenas com falta de oxigénio
À um tempo publiquei um post que explicava como é que as células cancerígenas se proliferavam. Então, e as células cancerigenas que não têm oxigénio? Como é que elas proliferam?
À um tempo publiquei um post que explicava como é que as células cancerígenas se proliferavam. Então, e as células cancerigenas que não têm oxigénio? Como é que elas proliferam?
Neste post vão poder perceber como.
Uma equipa de investigadores internacionais, que integra o português Paulo Gameiro ligado à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, descobriu como se alimentam as células cancerígenas quando escasseia o oxigénio, abrindo assim novas perspetivas ao tratamento do cancro.
"Esta descoberta revela-se importante para desenvolver terapias contra células cancerígenas que experienciem falta de oxigénio (tal como no interior do tumor) e que ainda assim crescem descontroladamente", explicou o investigador à agência Lusa.
A divulgação da descoberta foi feita a 23.11.11 num artigo publicado na revista científica Nature, em resultado de dois anos e meio de investigação com culturas de células, que terá como próximo passo o aprofundamento das pesquisas in vivo, nos próprios tumores.
As células em ambiente de baixo teor de oxigénio (hipóxia) utilizam um aminoácido, a glutamina, como nutriente para poder produzir gordura, fenómeno indispensável para o crescimento celular.
Na investigação, segundo Paulo Gameiro, foi observado que aquele aminoácido, em condições de baixo teor de oxigénio, era consumido através de uma via metabólica, passando a ser o nutriente principal para as células cancerígenas, substituindo a comum glucose (açúcar).
"Um dilema na biologia do cancro, e que motivou este estudo, era o de saber que mecanismos são escolhidos pelas células cancerígenas que lhes permitem responder à falta de nutrientes e continuar a proliferar, mesmo em condições de falta de oxigénio", observou.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Amiga Oxitocina
Falando por experiência própria, a timidez é algo que nos pode prejudicar em algumas situações... Há quem tente dar a volta recorrendo ao alcool ou outras substâncias menos boas, mas a ciência é amiga. O que quero dizer com isto? Sugiro que leiam o artigo a baixo apresentado! :)
"Uma equipa de investigadores canadianos, Concordia University, concluiu que a oxitocina, substância produzida em grandes quantidades durante a gravidez e também conhecida como a“hormona do amor”, se aplicada por um ‘spray’nasal, pode ajudar a tornar o visado, no caso de uma pessoa tímida, a sentir-se mais extrovertido. O estudo foi publicado na última edição do«Psychopharmacology».
A oxitocina é uma substância que actua como neurotransmissor, além de estar relacionada com padrões sexuais. Nas mulheres é libertada em grandes quantidades durante o parto, e em resposta à estimulação do mamilo durante a amamentação.
"Uma equipa de investigadores canadianos, Concordia University, concluiu que a oxitocina, substância produzida em grandes quantidades durante a gravidez e também conhecida como a“hormona do amor”, se aplicada por um ‘spray’nasal, pode ajudar a tornar o visado, no caso de uma pessoa tímida, a sentir-se mais extrovertido. O estudo foi publicado na última edição do«Psychopharmacology».
A oxitocina é uma substância que actua como neurotransmissor, além de estar relacionada com padrões sexuais. Nas mulheres é libertada em grandes quantidades durante o parto, e em resposta à estimulação do mamilo durante a amamentação.
No entanto, os cientistas ainda desconhecem o mecanismo pelo qual a substância leva a este comportamento pró-social. Supõem que seja por "alterar a forma como os sinais sociais no entorno externo são processados, codificados e interpretados”.
A equipa levou a cabo um estudo que envolveu uma centena de homens e mulheres saudáveis, entre os 18 e 35 anos, sem antecedentes de doença psiquiátrica, patologias físicas, ou sob medicação. Também não tinham um historial de consumo de drogas, tabagismo ou gravidez.
Os participantes receberam 24 doses de oxitocina em 'spray', administrada como um placebo. Esta hormona amplia traços de personalidade como a qualidade, a confiança, o altruísmo e a abertura a novas experiências, facilitando e incentivando a comportamentos sociais, por a pessoa se sentir mais extrovertida e confiante.
Segundo o artigo publicado, “não existem efeitos secundários, a não ser um pouco de irritação nasal, mas apenas registada numa pequena percentagem de pessoas. No entanto, ainda não são conhecidos os efeitos associados ao uso crónico", refere. "
A equipa levou a cabo um estudo que envolveu uma centena de homens e mulheres saudáveis, entre os 18 e 35 anos, sem antecedentes de doença psiquiátrica, patologias físicas, ou sob medicação. Também não tinham um historial de consumo de drogas, tabagismo ou gravidez.
Os participantes receberam 24 doses de oxitocina em 'spray', administrada como um placebo. Esta hormona amplia traços de personalidade como a qualidade, a confiança, o altruísmo e a abertura a novas experiências, facilitando e incentivando a comportamentos sociais, por a pessoa se sentir mais extrovertida e confiante.
Segundo o artigo publicado, “não existem efeitos secundários, a não ser um pouco de irritação nasal, mas apenas registada numa pequena percentagem de pessoas. No entanto, ainda não são conhecidos os efeitos associados ao uso crónico", refere. "
Se assim o é, pessoal que diz que apenas com umas cervejolas fica desinibido, acabou-se a desculpa :-P O nosso corpo é mesmo um mecanismo fantástico, não fazia ideia que a oxitocina poderia atuar em tantos "campos"...
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